Ibirubá
Técnicos da EMATER, SINDICATO RURAL, SECRETARIA MUNICIPAL DO DESENVOLVIMENTO, COTRIBÁ, SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS, COOPEAGRI e MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES emitiram PARECER TÉCNICO apontando dados preliminares das perdas nas lavouras de Ibirubá causadas pela seca e que motivaram a decretação de situação de emergência no município. A publicação foi no dia 27 de dezembro e possivelmente estes dados tenham sido potencializados, pois até o dia 11 de janeiro não havia ocorrido chuva no município.
Veja abaixo os dados do parecer técnico encaminhado para a defesa civil e que aguarda homologação.
PARECER TÉCNICO
Levantamento de perdas pela ocorrência de baixos índices pluviométricos, no período de setembro a 27 de dezembro de 2011, no município de Ibirubá/RS, região do Alto Jacuí.
Ocorre no município de Ibirubá, desde o mês de setembro de 2011, até a presente data, uma diminuição do volume de chuvas, sendo que, a partir dos meses de novembro e dezembro, houve uma intensificação da redução do volume das precipitações. As chuvas nestes 2 meses totalizaram 87mm, volume este insuficiente para o período, que coincidiu, com o desenvolvimento das principais atividades agropecuárias do município, destacando-se as culturas de soja, milho e atividade leiteira.
Desta forma, após levantamento diversos a EMATER local, junto a Secretaria Municipal da Agricultura, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Departamento Técnico da Cooperativa Cotribá, Coopeagri e outras lideranças, chegou-se as seguintes conclusões preliminares:
Principais setores da economia atingidos: Soja, Milho e a Produção Leiteira.
1. CULTURA DA SOJA:
Sobre a expectativa inicial prevista de 2880 kg/há (48 scs/há ) estima-se uma perda de 25%. Significando uma perda preliminar de 720 kg/ha (12 scs/ha)
Em relação a área de 39.500 há as perdas totalizam 474.000 scs.
Em valores monetários são R$ 19 .671. 000,00 considerando preço do dia de R$ 41,50/sc no mercado local 27.12.2011.
2. CULTURA DO MILHO:
Sobre a inicial prevista de 7800 kg/ha (130 scs/ha) estima-se uma perda de 80 %. Significando uma perda preliminar de 6240 kg/ha (104 scs/ha)
Em relação a área 4500 ha as perda totalizam 468.000 scs
Em valores monetários são R$ 11.934.000,00 considerando o preço do dia R$ 25,50 no mercado local 27.11.2011.
3. PRODUÇÃO LEITEIRA:
A atividade leiteira possui cerca de 550 produtores no município. Estima-se que 100% das áreas destinadas a formação de pastagens anuais, na fase inicial de implantação/desenvolvimento/rebrote, foram atingidas, comprometendo desta forma a qualidade e continuidade da produção, em cerca de 40% pela deficiência de alimentação aos animais no período aproximado de 180 dias.
Em relação a produção estimada de 180 dias de 18.000.000 (dezoito milhões de litros), perda de cerca de 40 % totalizando 7.200.000 litros.
Em valores monetários de cerca de R$ 5.040.000,00 (cinco milhões e quarenta mil reais), considerando o preço referencial médio de R$ 0,70.
4. IMPACTO ECONÔMICO FINANCEIRO NO MUNICÍPIO.
a) Perdas pela estiagem atual:
Soja: R$ 19.671.000,00
Milho: R$ 11.934.000,00
Leite: R$ 5.040.000,00
Somados esses valores a perda total naquela data já era de R$ 36.645.000,00 e temia-se que o número aumentasse. Além disso, os rios, córregos, sangas e açudes estão com níveis muito baixo e há o temor de falta de água no interior o que agravaria ainda mais a situação da seca no município.
FONTE: Assessoria de Imprensa
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